Este é um espaço voltado para orientação sobre o desenvolvimento infantil, nas áreas de Psicologia e Psicopedagogia, para crianças e adolescentes que apresentam dificuldades ou transtornos emocionais, de aprendizagem, socialização, motricidade, fala e linguagem. Oferecemos terapia individual, orientação à família, à escola, e ao mediador escolar
domingo, 28 de outubro de 2012
terça-feira, 16 de outubro de 2012
sábado, 6 de outubro de 2012
Ih, fez xixi!
Ih, fez xixi!
A enurece noturna é normal no decorrer do desenvolvimento infantil .
*Jamais
repreenda ou castigue se, pela manhã, o colchão aparece molhado.
*Para
facilitar o trabalho do organismo, reduza a quantidade de líquido fornecido à
criança durante o jantar e à noite, antes de dormir.
*Nunca
trate a criança como bebê, recorrendo às fraldas, mesmo que este lhe pareça o
meio mais simples para evitar prejuízos ao colchão. Se necessário encape-o com
plástico.
*Cuide
para que a criança fique bem coberta em sua cama. O simples fato de ficar
exposta ao frio muitas vezes dificulta o controle da bexiga pela criança.
*Demonstre
à criança que não há mal em molhar a cama. Ao invés de repreensões e de
castigos, trate-a com amor e carinho. Sentindo-se compreendida, a criança, terá
maior facilidade em vencer o obstáculo.
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
O que é Autismo?
O que é
Autismo?
Distúrbios
do Espectro do Autismo (Autistic Spectrum Desorder – ASD) é um distúrbio do
desenvolvimento que normalmente surge nos primeiros três anos de vida da
criança. O ASD atinge a comunicação, a interação social, a imaginação e o
comportamento. É uma condição que prossegue até a adolescência e a vida adulta.
Todas as crianças com ASD poderão ter muitos progressos no desenvolvimento e
muito se pode fazer para ajudá-las. O ASD não pode ser detectado no nascimento
e também não há sintomas óbvios nos primeiros 6 meses.Como regra geral, a criança deve balbuciar e usar
gestos por volta de 12 meses,e palavras isoladas com significado ( além de mamã
e papá) por volta de 16 meses.Geralmente, as primeiras preocupações surgem aos
17 meses.
A
criança deve usar duas palavras juntas com significado por volta dos 24 meses;
o fato de não fazê-lo, ou qualquer perda de linguagem nesse período, é razão
para procurar um profissional de saúde. Algumas crianças com ASD terão
aprendido aptidões que então parecem perder. Em particular, algumas delas
ganham e, posteriormente, parecem perder aptidões de linguagem.
Há
três áreas primordiais de deficiência em crianças com ASD, que são: social,
comunicação e comportamento incomum e repetitivo.
O
campo social se relaciona com a cegueira mental, que se refere o ser cego em
relação à mente de outras pessoas, tendo grande dificuldade em entender o ponto
de vista ou as idéias ou sentimentos alheios, não entendendo que o outro tem
pensamentos e pontos de vista diferentes, como por exemplo, falar
excessivamente sobre determinado tópico de seu interesse sem considerar a
opinião do ouvinte. A cegueira mental dificulta indivíduos com ASD a entender
que os outros esperam que seu comportamento mude dependendo de onde ou com quem
estão interpretar diversos gestos ou expressões faciais e entender regras
sociais.
Na
comunicação, dificuldades de linguagem e comunicação e o desenvolvimento
precário da imaginação são características essenciais que incluem atraso no
desenvolvimento da linguagem com pouquíssimas tentativas de compensação por
meio de gestos, problemas para iniciar e manter o diálogo usa de linguagem
incomum, estranho ou repetitivo.
O
comportamento apresenta problemas com comportamentos incomuns e repetitivos
relacionando-se às dificuldades em compreender a essência das situações e do
desenvolvimento da imaginação, bem como às necessidades de buscar refúgio do
estresse do mundo social, mostrando preocupações de natureza intensa, com
coisas incomuns, de natureza sensorial ou com padrões, detalhes ou movimentos
de objetos, maneirismos e movimentos estranhos e repetitivos, rotinas intensas
ou compulsões e problemas ao lidar com a alteração da rotina.
Se
uma criança tem ASD, seus comportamentos são claros em todos os contextos,
acontecendo em qualquer lugar em que ela esteja.
Embora
o ASD descreva um conjunto de comportamentos, esses variam de pessoa para
pessoa na gravidade e combinação dos sintomas.
O
termo “Distúrbio do Espectro do Autismo” (ASD) não é um diagnóstico único. É um
termo abrangente que inclui todos os diagnósticos do espectro:
Autismo
(autismo infantil ou transtorno autista) - crianças e jovens que recebem este
diagnóstico mostram distúrbios em interação social,comunicação e brincadeiras
imaginativas antes dos três anos de idade, bem como comportamentos, interesses
e atividades estereotipadas.
Todas as crianças que apresentam distúrbios do espectro
do autismo têm dificuldades pragmáticas de linguagem. Às vezes, usam-se termos
como transtorno semântico- pragmático e evitação patológica para definir
crianças no espectro do autismo com temperamento voluntarioso e que apresentam
forte resistência a quaisquer demandas que lhes são feitas.
Crianças
com ASD parecem ter grande dificuldade em reunir informações para entender a
essência do que está acontecendo ou do que se espera delas. Por exemplo, se
ouvimos os sinos de uma igreja e uma grande concentração de pessoas bem
vestidas jogando confetes em um casal fora da igreja, podemos concluir que se
trata de um casamento. A criança com ASD pode concentrar-se nos sinos tocando
ou nos confetes e não identificar que se trata de um casamento. Elas podem não
entender o significado geral quando estão diante dos detalhes, mas se preocupam
com ele. Se alguém diz “A mulher levou o cão à praia”. Logo imaginamos a ação
de conduzir. Relacionamos a frase com a ação. Crianças com autismo podem ter a
conclusão errada porque têm problemas em referir-se ao contexto e detalhes, um
em relação ao outro. Não conseguem entender o significado de palavras dentro do
contexto correto.
Em
vez de ver o objeto como um todo muito crianças concentram-se em partes
individuais. Quando mostramos figuras a uma criança com ASD, nas quais podemos
ver uma festa,um parque ou detalhes,ela naturalmente será atraída por detalhes
ou padrões que reconhece ou lhe interessam,em vez de entender a essência ou ver
o significado global do evento.Podem se sentir atraídas por determinados
aspectos sensoriais,concentrando-se na textura,gosto,aroma,visão ou sons e não
na função do objeto como um todo.Algumas ficam muito inquietas ao ouvir ruídos
altos,facilmente tolerados pela maioria das pessoas.
Crianças
com ASD acham que se concentrar em experiências sensoriais reduz sua ansiedade.
Sentem-se à vontade ao agirem assim.Isso lhes permite evitar experiências que
causam mais ansiedade,como por exemplo, interagir com os outros indivíduos.
Dificuldades
com a imaginação também podem levar a uma tendência a concentrar-se em
experiências perceptivas concretas. No desenvolvimento infantil, as
brincadeiras evoluem em conseqüência da imaginação. Se a imaginação estiver
ausente, então as brincadeiras permanecem onde estão e envolve padrões e
rotinas. Em conseqüência da cegueira mental, crianças com ASD não vêem motivo
para brincar com alguém e, brincar sozinho, diminui as probabilidades de
brincadeiras variadas. Algumas crianças podem ter interesse em aspectos incomum
de um movimento, como por exemplo, observar determinadas partes do corpo
enquanto se movem,observando as mãos regularmente ou o movimento dos pés
enquanto caminha, etc.
Crianças
com ASD têm dificuldades nas áreas da imaginação, percepção temporal,
planejamento e memória. Essas dificuldades se relacionam entre si, podendo
provocar dificuldade constante de planejar o futuro e entender o decorrer do
tempo. A imaginação nos permite dramatizar, brincar simbolicamente, fingindo
que uma coisa é outra, fantasiar, imaginar, ser criativo e inventar coisas. A
maioria dos autistas desenvolve a capacidade imaginativa à medida que envelhece
embora o ritmo possa ser mais lento para outros. Podem ser extremamente
criativos, mas com probabilidade de usarem canais criativos alternativos. Por
exemplo, ao desenharem, baseiam-se mais na lógica, memória e justa posição,
como exemplo, ao desenharem uma casa, podem iniciar desenhando o fundo de um
cano de escoamento e prosseguirem daí, ao invés de iniciarem pelo esboço da
casa.
Crianças
com ASD têm dificuldades de compreender alguns conceitos como sarcasmo, ironia
e idéias abstratas, como exemplo, paraíso, confiança, honra, amor e hierarquia,
não apenas no sentido do conceito, mas também em saber intuitivamente como ele
nos atinge.
A percepção temporal das crianças com ASD costuma ser
arraigada no presente, porque pensar o futuro envolve imaginação. O futuro,
para elas, acontece de uma maneira mais literal. Por exemplo,se dissermos que
ela vai à casa da vovó, ela pode achar que vai naquele momento, podendo esperar seguir o mesmo trajeto e
comer os mesmos alimentos.Sua imaginação não induz novas possibilidades com a
ação de ir à casa da vovó.
A
memória também parece ser problemática, em alguns aspectos que se relacionam a
não ser capaz de entender muito bem a linguagem nem o mundo social, pois é
difícil lembrar bem de algo que não se consegue entender. Têm preferência por
memória visual. Elas parecem ter melhor memória visual, provavelmente, em
conseqüência das dificuldades de linguagem e o fato de que as imagens
visuais,quando apresentadas,não desaparecem imediatamente como acontece com os
sons.Elas persistem e a criança refere-se novamente a elas.
A
linguagem, em crianças com espectro do autismo, é prejudicada, pois a
capacidade para desenvolver aptidões de comunicação não é desenvolvida nessas
crianças. Alguns desses problemas de linguagem se originam da cegueira mental e
da não compreensão da essência,podendo ainda, apresentar outras dificuldades, o
que varia muito de pessoa para pessoa e pode aflorar de várias
maneiras.Crianças com ASD podem desenvolver linguagem mais tarde e ter aptidões
de linguagem expressivas (saber dizer o nome das coisas) e receptivas (entender
o que se diz) limitadas.Criança com ASD tem probabilidades muito menores de
responder aos seus provedores de cuidados.Elas parecem não ter parte do
programa que as ajudam a reagir.Não murmuram nem balbuciam.Seus problemas com a
Teoria da Mente (TDM) e com o entendimento da essência dificultam a comunicação
social.Em geral,são alheias às necessidades do ouvinte e não captam as
informações não verbais no rosto dos outros.
Às
vezes, seu comportamento parece insolente porque não entendem a essência de um
comentário dentro de um determinado contexto social. Quando a linguagem se
desenvolve,ela costuma ser repetitiva e desprovida de qualidade social.As
conversas parecem ser mais sobre fatos do que sobre sentimentos e são bastante
unilaterais.
Intervenções
em ASD
Criar filhos com ASD é um trabalho árduo, que exige
muitos esforços de pais, professores e outros profissionais. Há algumas
intervenções que trazem grande valia para crianças com ASD e suas famílias. Por
exemplo: o Sistema de Comunicação por Troca de Figuras, podem contribuir muito
para melhorar a comunicação. Vários programas, como sonorize, também reconhecem
os pontos fortes de cuidados criativos por parte dos pais e a importância de
não deixar as crianças sozinhas com seus próprios dispositivos, mas sim,
participar regularmente de suas atividades desde o início.
Son-Rise é uma abordagem para tratamento e educação
projetada para ajudar crianças com autismo, suas famílias e provedores de
cuidados. Baseia-se em alguns princípios fundamentais, entre os quais:
participar ativamente de comportamentos incomuns e repetitivos da criança na
tentativa de facilitar mais interação social;focar nas motivações e interesses
da criança para facilitar a aprendizagem e a aquisição de aptidões; incentivar
as brincadeiras interativas e usa-las para aprendizagem;manter uma atitude
positiva, imparcial e amorosa em interações e expectativas; reconhecer que os
pais ou provedores de cuidados são o recurso mais importante e duradouro da
criança e criar uma área de trabalho/diversão segura e livre de distrações.
Muitas das intervenções planejadas para crianças com
dificuldades do espectro do autismo concentram-se em aspectos como comunicação,
interação social e comportamento. Os movimentos repetitivos costumam melhorar
quando são essas as metas; por exemplo, incentivar a interação com os pais reduz
os comportamentos repetitivos.Vale a pena eliminar movimentos repetitivos se:
forem excessivos e atrapalharem outros aspectos da vida; atraírem
pilhérias;ferirem uma criança ou outrem e interferirem excessivamente na vida
familiar. Ex. de comportamento repetitivo: bate a cabeça repetidamente. O ato
de bater a cabeça pode ser uma expressão de frustração,raiva,medo dor ou tédio
(expressão emocional); para eliciar sensações apreciadas ou repetição
reconfortante (interesses sensoriais) ou para obter uma resposta do ambiente
(eliciar conseqüências). É sempre importante tentar entender por que a criança
adota o comportamento de bater a cabeça antes de darmos início a qualquer
intervenção. Nesse exemplo,a criança usa bater a cabeça quando quer continuar a
fazer as coisas que gosta, como brincar com seus brinquedos. Tal comportamento
a estava prejudicando,pois além de poder se ferir ,também impedia de aprender
ou participar de outras coisas. Algumas alternativas foram usadas pelos pais e
escola para auxiliar essa criança: -ensinando sobre escolha: deram-lhe duas
opções de brinquedos e usaram um cronômetro para ajudar a criança a entender
quando era a hora de um ou outro brinquedo. Se começava a bater a cabeça, os
professores calmamente lhe diziam “Nada de bater a cabeça.”; -passaram a usar
um capacete para evitar que ele se ferisse. Capacetes protetores funcionam de
várias maneiras, dependendo da criança e do problema. Com ele,a criança reduziu
drasticamente este comportamento de bater a cabeça. Às vezes, os comportamentos
repetitivos são um sinal de alerta para sintomas físicos como dor ,fome ou
cansaço. É importante bancar o detetive e tentar descobrir qual problema está
causando o comportamento repetitivo.Às vezes,é possível alterar um
comportamento,alterando a reação à ele,ignorando-o ou incentivando a criança a
fazer outra alguma outra atividade ou mesmo,alterando o ambiente físico.
Crianças com ASD tem maior probabilidade de
desenvolver compulsões, obsessões, rotinas e hábitos ou rituais do que as
demais.Essas rotinas ou rituais compulsivos em ASD têm conteúdo ou intensidade
incomum. Muitas começam como algo pequeno e vão crescendo, a medida que a
criança vai alcançando novas etapas.Por exemplo, Peter, aos cinco anos, começou
a insistir de fechar a porta da sala quando ele estava presente. Com o passar
do tempo, isso se estendeu às outras portas das cãs. Ele chegava da escola e ia
fechando todas as portas da casa. Aos sete anos, fazia birra se alguém
insistisse em manter alguma porta ou janela aberta quando ele estava por perto.
Esse problema foi solucionado com um sistema de recompensas que o ajudou a
aceitar portas e janelas abertas.
No geral,as rotinas inofensivas que dão estrutura são
boas porque fazem as crianças com ASD se sentirem seguras.Outras são inúteis, como
por exemplo, o caso de Jacó. É importante observar que cada criança deve ser
analisada individualmente, considerando QUAL é o problema, POR QUE ele acontece
e COMO lidar com ele.No caso de Jacó, seu problema consiste numa série de
rituais matinais, que executa antes de sair,onde seus familiares têm que ficar
parados numa determinada parte da casa enquanto ele faz uma série de coisas que
não tem relação com sua preparação para sair,por exemplo,começa pelos quartos
enquanto sua família fica no andar de baixo.Verifica o piso,depois vai para o
quarto dos pais e executa um complexo ritual envolvendo o espelho e o
desodorante.Veste-se em determinada seqüência,depois desce as escadas fazendo
trejeitos e uma acrobacia no patamar,arruma seus Teletubbies e ninguém pode
perturbá-los.Isso leva mais de meia hora e só depois vai tomar o desjejum para
sair.Se algo der errado,repete tudo novamente.Nesse caso,Jacó tem cegueira
mental,não tendo noção das necessidades dos outros na casa de também se
prepararem para sair cedo de casa.Ele não compreende a importância de sair de
casa em tempo para chegar à escola.A rotina o faz sentir-se confortável.Talvez
a ansiedade de ter que sair,o faça precisar do ritual para apoiar-se e ajuda-lo
a enfrentar a situação.
Para lidar com seu problema,usou-se um horário visual
com fotos da família e dele fazendo atividades enquanto se preparavam para sair
e, depois,uma figura dele no carro com a mãe e a irmã.Quando for mais
velho,opinião e debate sobre as necessidades de outros familiares o ajudarão.Uma
história social também o ajudou a entender o contexto de alguns eventos
matinais e, um cronômetro foi uma forma útil de informá-lo sobre quanto tempo
ele tinha antes de sair de casa de carro. Seu gosto pela rotina foi satisfeito
pela mãe que fez pequenos cartões escritos de forma nítida que cobriam cada
atividade feita. Jacó gostava de colocar cada cartão no lugar à medida que as
coisas progrediam. É sempre importante deter as tentativas infantis de
acrescentar mais eventos ao ritual. Quanto mais longos os rituais, mais
difíceis de cessar.
Outras intervenções que se pode experimentar são:
criar bons hábitos desde cedo, como por exemplo,no caso de a criança ter
pesadelos,criar hábitos de dormir desde cedo, estabelecendo uma rotina noturna
que envolva desde o ambiente silencioso, escuro e aquecido, até uma rotina,
como por exemplo, tomar banho; vestir o pijama; beber alguma coisa e comer uma
bolacha; ir ao banheiro; lavar as mãos e escovar os dentes; deitar-se; uma
história curta; beijos de boa noite no pai ou mãe; apagar a luz e o pai ou a
mãe diz “boa-noite” e sai. Procure manter sempre o mesmo horário.
Muitas outras intervenções podem ser feitas,mas o
importante é que se analise cada caso, descobrindo qual o problema que a
criança apresenta e o porquê de tal problema.Toda intervenção deve partir desse
princípio.
Referência Bibliográfica
Williams,Chris, e Wright, Barry (2008):Convivendo com
Autismo e Síndrome de
Asperger: Estratégias práticas para pais e
profissionais.São Paulo, M. Books do Brasil Ed. Ltda.
domingo, 26 de agosto de 2012
domingo, 5 de agosto de 2012
quinta-feira, 21 de junho de 2012
domingo, 29 de abril de 2012
Disortografia
Disortografia
Disortografia é a dificuldade do aprendizado e do desenvolvimento da habilidade da linguagem escrita expressiva.Esta dificuldade
pode ocorrer associada ou não a dificuldade de leitura, isto é, dislexia.Considera-se que 90% das disortografias têm como causa
um atraso de linguagem; estas são consideradas disortografias verdadeiras. Os
10% restantes têm como causa uma disfunção neuro-fisiológica.
Disortografia é a alteração
na organização, planificação e seqüenciamento da linguagem escrita.
Na obra intitulada
“Distúrbios de aprendizagem”, DROUET (2001), define a disortografia como sendo,
uma incapacidade de apresentar uma escrita correta, com o uso adequado dos
símbolos gráficos. A criança não respeita a individualidade das palavras, junta
palavras, troca sílabas e omite sílabas ou palavras.
Características da
Disortografia:
* Troca de grafemas: Geralmente as trocas de grafemas que representam
fonemas homorgânicos acontecem por problemas de discriminação auditiva. Quando
a criança troca fonemas na fala, a tendência é que ela escreva apresentando as
mesmas trocas, mesmo que os fonemas não sejam auditivamente semelhantes;
* Falta de vontade de escrever;
* Dificuldade em perceber as sinalizações gráficas (parágrafos, travessão, pontuação e acentuação);
* Dificuldade no uso de coordenação/subordinação das
orações;
* Textos
muito reduzidos;
* Aglutinação ou separação indevida das palavras.
* Troca de letras que se parecem
sonoramente: faca/vaca, chinelo/jinelo, porta/borta.
*
Confusão de sílabas como: encontraram/encontrarão.
*
Adições: ventitilador.
*
Omissões: cadeira/cadera, prato/pato.
*
Fragmentações: en saiar, a noitecer.
*
Inversões: pipoca/picoca.
*
Junções: No diaseguinte, sairei maistarde.
Disgrafia
Disgrafia
DSM-IV: Transtornos da
expressão escrita que consiste em uma habilidade de escrita abaixo do nível
esperado para a idade cronológica, inteligência e escolaridade. Pode ou não
estar associada a um transtorno de leitura e geralmente compromete a ortografia
ou caligrafia.
Alterações quanto à
caligrafia, à capacidade de realizar cópia ou capacidade de realizar sequências
de letras em palavras comuns.
A
disgrfafia pode-se manifestar em três sub-tipos:
Disgrafia
baseada na linguagem: consiste na dificuldade para construir
corretamente a palavra escrita.
Disgrafia
da construção motor: referente à capacidade de precisão
motora para a escrita.
Disgrafia
visuoespacia:; está relacionada com uma baixa
capacidade visuoespacial.
A
disgrafia funcional é caracterizada por:
* Dificuldade de
escrever.
* Mistura de letras
maiúsculas e minúsculas na palavra ou uso de letras de forma cursiva.
* Traçado de letra
inteligível.
* Traçado de letra
incompleto.
* Falta de respeito à
margem do caderno.
Discalculia
Discalculia
A dificuldade se encontra nos procedimentos de cálculos iniciais
envolvendo estratégias de contagem para resolução de problemas aritméticos de adição
e subtração.
DSM-IV (1995): O transtorno da matemática é uma alteração na capacidade
para a realização de operações matemáticas abaixo do esperado para idade
cronológica, nível cognitivo e escolaridade, sem presença de alterações
neurológicas ou deficiências sensoriais e motoras.
O profissional deve estar atento e deve sempre verificar a existência ou
não de um comprometimento de linguagem que acarrete dificuldade para a
realização de procedimentos matemáticos, principalmente na existência de
enunciado que exija leitura e compreensão para esta resolução.
Discalculia (não confundir com acalculia) é definido como uma desordem
neurológica específica que afeta a habilidade de uma pessoa de
compreender e manipular números. A discalculia pode ser causada por um déficit
de percepção visual. O termo discalculia é usado frequentemente ao consultar
especificamente à inabilidade de executar operações matemáticas ou aritméticas,
mas é definido por alguns profissionais educacionais como uma inabilidade mais
fundamental para conceitualizar números como um conceito abstrato de quantidades comparativas.
A discalculia ocorre em pessoas de qualquer nível
de QI, mas significa que têm frequentemente problemas específicos com
matemática, tempo, medida, etc. Discalculia (em sua definição mais geral) não é
rara. Muitas daquelas com dislexia ou dispraxia tem discalculia também. Há
também alguma evidência para sugerir que este tipo de distúrbio é parcialmente
hereditario.
Discalculia é um impedimento da matemática que vá
adiante junto com um número de outras limitações, tais como a introspecção
espacial, o tempo, a memória pobre, e os problemas de ortografia. Discalculia
atinge crianças e adultos.
Discalculia pode ser detectada em uma idade nova e
medidas podem ser tomadas para facilitar o enfrentamento dos problemas dos
estudantes mais novos.
Os sintomas são:
* Dificuldades freqüentes com os
números, confundindo as operações de adição, subtração, multiplicação e
divisão.
* Problemas de diferenciar entre
esquerdo e direito.
* Falta de senso de direção
(para o norte, sul, leste, e oeste) e pode também ter dificuldade com um
compasso.
* A inabilidade de dizer qual de
dois números é o maior.
* Dificuldade com tabelas de
tempo, aritmética mental, etc.
* Melhor nos assuntos tais como
a ciência e a geometria, que requerem a lógica mais que as fórmulas, até que um
nível mais elevado que requer cálculos seja necessário.
* Dificuldade com tempo conceitual e julgar a
passagem do tempo.
* Dificuldade com tarefas
diárias como verificar a mudança e ler relógios analógicos.
* A inabilidade de compreender o planejamento financeiro ou incluir no orçamento, nivelar às vezes em um nível
básico, por exemplo, estimar o custo dos artigos em uma cesta de compras.
* Tendo a dificuldade mental de
estimar a medida de um objeto ou de uma distância (por exemplo, se algo está
afastado 10 ou 20 metros).
* Inabilidade de apreender e
recordar conceitos matemáticos, régras, fórmulas, e seqüências matemáticas.
* Dificuldade de manter a
contagem durante jogos.
* Dificuldade nas atividades que
requerem processamento de seqüências, do exame (tal como etapas de dança) ao
sumário (leitura, escrita e coisas sinalizar na ordem direita). Pode ter o
problema mesmo com uma calculadora devido às dificuldades no processo da
alimentação nas variáveis.
* A circunstância pode conduzir
em casos extremos a uma fobia da matemática e de dispositivos matemáticos (por exemplo números).
Dislexia
Dislexia
É um dos transtornos
específico da linguagem que ocorre no processo de leitura, escrita, soletração
e ortografia. Caracteriza-se pela dificuldade na decodificação de palavras
simples que não são esperadas em relação à idade.
Apesar de instrução
convencional, adequada inteligência, oportunidade sócio-cultural e ausência de
distúrbios cognitivos e sensoriais fundamentais, a criança falha no processo de
aquisição da linguagem com frequencia, incluídos aí os problemas de leitura,
aquisição e capacidade de escrever e soletrar.
Distúrbios de Aprendizagem
O que são distúrbios
de aprendizagem ?
Os distúrbios de
aprendizagem se caracterizam como um grupo heterogênio de transtornos que se
manifestam por dificuldades significativas na aquisição e uso da escrita, fala,
leitura, raciocínio ou habilidade matemática.
Distúrbios de
aprendizagem são aqueles relacionados às incapacidades escolares de crianças
que tenham iniciado a aprendizagem formal de leitura, escrita e do raciocínio
lógico matemático. Portanto, estão relacionados a uma falha no processo de
aquisição e desenvolvimento dessas atividades.
Todas as definições
referem-se aos distúrbios de aprendizagem como um déficit que envolve algumas
habilidades, como:
*Linguagem oral:
fonologia, morfologia, semântica, sintaxe, pragmática.
*Escrita: soletrar,
ditado, cópia.
*Leitura: habilidade no
uso das palvras, reconhecimento das letras, compreensão.
*Matemática: habilidade
de cálculo básico, raciocínio matemático.
E nas combinações e/ou
relações entre elas.
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